CRÍTICA – Maratona Oscar AIR: A História por Trás do Logo (2023)
AIR: A História por Trás do Logo (AIR – EUA, 2023) – Direção: Ben Affleck
Michael Jordan, um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos dispensa apresentações. Foram seis títulos da NBA pelo Chicago Bulls, 32 mil pontos na carreira (uma média de 30 por jogo), 6,6 mil rebotes e 5,6 mil assistências, o longa relata os esforços do olheiro da Nike Sonny Vaccaro (Matt Damon) para realizar a contração de Jordan, contudo, não é um filme sobre o astro.
Affleck faz uma escolha que poderia ser comprometedora, porém, o diretor defende de forma divertida e brilhante o que quer contar; não uma biografia e nem uma propaganda para a Nike, e sim sobre os movimentos que possibilitaram um dos maiores acordos para a marca esportiva.
Affleck, que também atua na produção, que é ambientada nos EUA de 1984, numa época em que a NBA ainda dava passos para deixar de ser uma liga marginalizada e se tornar o fenômeno que é hoje.
A Adidas dominava o mercado e a Nike corria por fora, patrocinando principalmente ícones do atletismo e do tênis.
O longa acompanha Sonny Vaccaro (Matt Damon), um scout esportivo que foi contratado para chefiar o setor de basquete da Nike, visando encontrar os rostos ideais na NBA para representarem a marca.
“AIR” não é exatamente um filme sobre esportes ou sobre marketing, nem mesmo um filme sobre Michael Jordan (já que ele próprio aparece muito pouco e apenas de costas). É um filme sobre buscar e realizar sonhos, com uma história inspiradora.
Acontece que ‘Air’ se vende como despretensioso e é nesse caminho onde ganha a plateia de forma inesperada. Mesmo quem não gosta de basquete ou não conhece Michael Jordan – algo quase impossível-, deve gostar do filme.
É um bom entretenimento, É interessante ver como Affleck conseguiu equilibrar os cenários do meio esportivo, com sua grandeza e glamour, com a simplicidade dos escritórios e das “engrenagens” que fazem as empresas funcionarem.
Um roteiro dinâmico, com boas atuações, uma trilha fantástica e uma direção de arte muito competente na hora de recriar uma atmosfera típica dos EUA dos anos 80, que deve conquistar não apenas os fãs de basquete, mas de todos aqueles que apreciam uma boa história.

