Agressor de facada em Bolsonaro é absolvido por facada
O juiz federal Bruno Souza Savino, da 3ª Vara Federal em Juiz de Fora, absolveu, nesta sexta-feira (14), o autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha eleitoral no ano passado, Adélio Bispo de Oliveira. Ele foi considerado inimputável por sofrer de transtorno delirante persistente, conforme laudos médicos da defesa do agressor e de peritos escolhidos pela acusação. Adélio ficará internado por tempo indeterminado.
Adélio Bispo seguirá na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS), que possui espaço para tratamento de sua doença, enquanto não for verificada a cessação de sua periculosidade. O exame será feito constatado por meio de perícia médica, num prazo de três anos. Isso significa que, caso Adélio não seja atestado com a doença no futuro, possa cumprir a pena prevista no Código Penal.
Adélio foi acusado pelo Ministério Público de praticar, de maneira premeditada, atentado pessoal por incoformismo político (com base na Lei de Segurança Nacional) contra o então candidato Bolsonaro. Ao longo do processo, o agressor alegou que “agiu em prol da humanidade e do povo brasileiro” e se guiou por duas motivações: “uma de ordem religiosa e outra de ordem política”.
Savio ressaltou que Adélio “buscou impedir que milhões de eleitores, alinhados com o pensamento político da vítima, exercessem o direito ao voto como bem entendessem”, mas deu ênsafe aos laudos que apontaram doença mental do autor do atentado contra Bolsonaro.
“Como exaustivamente tratado na decisão que homologou o laudo psiquiátrico oficial em conjunto com os esclarecimentos complementares do perito […] e que reconheceu sua inimputabilidade, o réu acreditava que a vítima participaria de uma conspiração maçónica, que incluía o extermínio dos militantes dos partidos de esquerda e minorias, e que ele era o escolhido de Deus para salvar o Brasil.”
Se não fosse considerado inimputável, a pena de Adélio poderia chegar a até 20 anos.
Fonte: Último Segundo – iG