CRÍTICA – Maratona Oscar – Napoleão /2023
Napoleão – (Napoleon – EUA, Reino Unido e Malta, 2023) – Direção: Ridley Scott
O longa acompanha a ascensão e queda de Napoleão Bonaparte (Joaquim Phoenix), que atingiu o status de imperador e depois foi jogado ao exílio, de onde jamais saiu.
Napoleão era uma figura polêmica da história mundial.
Líder estrategista militar do exército da França, sua perspicácia sobre o campo de batalha fez com que não só o exército francês ganhasse diversas batalhas, mas também fez com que ele conquistasse ascendesse e se tornasse imperador da frança entre os anos de 1804 e 1815.
Quem viveu com ele esse arco de glória e fracasso foi a única pessoa capaz de domá-lo, Josephine (Vanessa Kirby), sua esposa, incapaz de dar um herdeiro para Bonaparte, algo fundamental na estratégia política do militar, levou-os ao divórcio.
Se o imperador era implacável com traidores políticos, perdoou o adultério de Josefine e era muito influenciado por ela. casa.
‘Napoleão’ propõe um olhar humanizado – e, portanto, com falhas – deste líder cujo nome ecoou no tempo.
A atuação excepcional da dupla de protagonistas, mostra que o casal é, de longe, o maior trunfo de Ridley Scott.
A produção grandiosa e a sensação de uma história épica elevam o patamar do longa-metragem, porém nos deixa a sensação de que falta algo.
Scott apresenta um Napoleão que parece sempre estar entediado, o que puxa o filme para baixo e afasta completamente a imagem transloucada, obsessiva, quase histérica com que o general fez seu nome atravessar na história da França.
A produção tem muita qualidade, cenários grandiosos, figurinos bem desenhados e muito realista, uma recomposição de época envolvente.
Porém ao focar no relacionamento do general e sua esposa Josefine, que dura a trama toda, perdeu o ritmo e tornou o filme uma experiência maçante e muito demorada com uma narrativa confusa. E terminamos as duas horas e meia de projeção com a impressão de que faltou muitas explicações.