Outubro Rosa reforça importância da conscientização sobre câncer de mama e de colo de útero

O mês de outubro foi o escolhido, em 2002, para dar início a campanha do Outubro Rosa.

O objetivo da campanha é compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.

O nome da campanha remete à cor do laço que é um símbolo internacional usado por indivíduos, empresas e organizações na luta e prevenção do câncer de mama.

O diagnóstico precoce ainda é o maior aliado para o tratamento eficaz do câncer de mama. Quando identificado cedo pode ser tratado, impedindo que o tumor alcance outros órgãos.

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados em 2020, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias.

No Brasil foram 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021 e ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no país. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste.

Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres, segundo o INCA.

O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.

Alguns sintomas quando percebidos devem ser avaliados, lembrando que nem toda alteração pode estar ligada ao câncer de mama, mas atente-se a retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço.

O diagnóstico de câncer de mama é realizado através da biópsia de nódulo de mama visto em um exame de imagem. Toda mulher com mais de 40 anos deve realizar mamografia para rastreamento de neoplasia de mama anualmente. A combinação do exame físico, mamografia e biópsia por agulha permite diagnosticar o câncer de mama com um nível elevado de precisão.

O tratamento do câncer de mama varia de acordo com o estágio do câncer e a idade da pessoa, o tratamento pode ser local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução mamária) ou tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.

A prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco conhecidos e à promoção de práticas e comportamentos considerados protetores.

Fazer o autoexame e a mamografia regularmente, controlar a alimentação, praticar atividades físicas, evitar o consumo de cigarros e álcool, tomar cuidado com a reposição hormonal, tomar banhos de sol e amamentar pelo máximo de tempo possível, são dicas importantes para prevenir o câncer de mama.

Por se tratar de um problema relacionado à saúde da mulher, a secretaria de Saúde optou por incluir na campanha ações, palestras e encontros voltados também à prevenção ao câncer de colo do útero.

Câncer do colo de útero

Causado pela infecção persistente de alguns tipos de HPV (vírus do papiloma humano), o câncer do colo do útero, conhecido também como câncer cervical, é – de acordo com o INCA – o 3º (terceiro) mais frequente na população feminina e ocupacional 3ª (terceira) posição nas causas de mortes de mulheres, por câncer, no Brasil.

O início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros são apontados como fatores de risco para desenvolver a doença, além do tabagismo e do uso prolongado de anticoncepcionais.

O câncer do colo do útero é lento e pode não apresentar sintomas visíveis na fase inicial. A detecção precoce, através do exame preventivo, é crucial para identificar os primeiros sinais da doença.

No estágio mais avançado, a mulher apresenta sangramento vaginal intermitente ou após relações sexuais, além de desordem anormal e dor abdominal associada a problemas urinários e intestinais.

As vacinações contra o HPV e a realização do exame preventivo complementam a prevenção desse tipo de câncer e evitam o risco de ter a doença. No SUS, a vacinação está disponível gratuitamente para meninas de 9 a 14 anos, e para meninos de 11 a 14 anos.

A imunização dos meninos é importante para prevenir o aparecimento do vírus e evitar a transmissão para futuros parceiros, mulheres imunossuprimidas também podem ser vacinadas até os 45 anos.

Usar preservativos nas relações sexuais, além de prevenir a transmissão e o contágio do HPV, evitam também outras doenças sexualmente transmissíveis. O uso de preservativo também diminui os riscos de desenvolver esta doença.

É importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração suspeita na mama, faça exames de rotina, busque o serviço de saúde para investigação diagnóstica se necessário.

Prevenir salva vidas!

Por Ana Lopes / AL9 Comunicação