HIGREJA MATRIZ DE TIETÊ COMEMORA 2010 ANOS
Situada em uma casa na rua Porto Geral na Vila do Pirapora, aconteciam as orações, onde a paróquia mais próxima, disponibilizava de forma itinerante alguns padres para celebração da Eucaristia, entre eles o mais conhecido o Padre Alexandre Faria Barros, que recebeu a indicação dos morados para administrar a nova paróquia. Em 1812, foi instalada a paróquia e a administrações dos sacramentos aconteceria na casa até o fim da construção da primeira matriz.
Os moradores insatisfeitos com a administração dos sacramentos realizados na Vila do Pirapora, foram requisitar, em 1809, ao Bispo de São Paulo, a elevação da condição de vila para freguesia, possibilitando facilitar a realização dos batismos, enterros, missas e outros sacramentos. Dom Matheus de Abreu Pereira, recebendo o pedido dos moradores encaminhou uma carta a sede da coros, fixada no Rio de Janeiro com objetivo de concretizar o apelo dos moradores.
A recomendação do bispo junto ao pedido dos moradores, vão para sede da coroa onde o príncipe regente Dom João VI, por meio de um alvará declara conceder aos moradores sobreditos do Bairro de Pirapora a ereção de uma nova Freguesia no mesmo Bairro, com a invocação da Santíssima Trindade; desmembrando-a da Freguesia de Porto Feliz.
Dr. Joaquim de Abreu Pereira, a mando do Bispo Dom Matheus, durante a sua visita episcopal no ano de 1814, com o objetivo de vistoriar as condições dos fiéis, e o rumo da recém fundada paróquia e o andamento da construção da matriz, o que fiz não agradou aos seus olhos e declama aos fiéis e ao pároco a animação e que exorte incessantemente os paroquianos para que estes se animem e esforcem, concorram com esmolas ou com trabalhos pessoais para a conclusão da Matriz da referida freguesia.
Seguindo a visita, foi realizada uma missa solene aos mortos sepultados no antigo cemitério, que ficava no mesmo terreno da Primeira Matriz que ainda estava em construção (atual Praça, J.A. Corrêa) e uma avaliação das condições do local onde estavam sendo realizado o sepultamento, do qual precisava de reformas e melhorias das estruturas, pois ficava aberto e sem nenhum tipo de proteção contra animais e vândalos.
O Pe. Manoel Paulino Ayres, primeiro vigário de Tietê, nos seus longos 24 anos (1812 à 1836) acompanhou a visita e foi o principal responsável pela fundação da primeira Matriz, zelando com total dedicação e carinho pela Paróquia da Santíssima Trindade.
A primeira Matriz, pronta em 1816, tendo sua frente virada para a rua Porto Geral (hoje, Capitão Nitrini).
Durante um período prospero das atividades canavieiras na região a população de Tietê chegou a quase quadruplicar em apenas 16 anos, seguindo a mesma acentuação até 1872, chagando a um total de 10186 habitantes, o que demonstrava que a Matriz já não suportava a quantia dos fiéis.
Com o crescimento populacional, acabava indicando a necessidade de uma ampliação da Matriz, tendo o terreno e a estrutura os maiores empecilhos, sendo estes relatados pela parte administrativa da cidade ao governo provincial em 18 de março de 1852.
Todos esses problemas estruturais da antiga Matriz, fez com que em pouco tempo precisasse de uma melhor localidade para construção de uma igreja mais adequada, qual posteriormente acabou se estabelecendo uma comissão em 1858 para pesquisar um local, do qual seria o melhor e mais apto para dar a graça da construção de uma nova matriz. Após muitas pesquisas o melhor local encontrado fora o Terreno do Sr. Elias Vaz de Almeida que localizado em frente à Praça dos Curros (Atual Praça Dr. Elias Garcia) para ali instaurar a sede paroquial.
Em 1859, costurado o acordo entre a Câmara Municipal e o proprietário, no ano de 1881 inicia a construção da atual Igreja Matriz, com a colocação da pedra fundamental, contando com a presença das autoridades do município e a benção do Pe. Gaudêncio Antônio de Campos. Porém neste mesmo ano a construção foi interrompida, com a vinda do Cônego Agnelo José de Moraes em 1892, contando com seus esforços as obras foram retomadas e com sua saída em 1895, voltou a ficar paralisada.
Com a vinda do Padre Vicente Lattieri em 1902, as obras da matriz foram retomadas, graças ao esforço do Padre e sua vontade inimaginável para concluir a matriz, acabou realizando leilões, espetáculos e listas solicitando ajuda dos fiéis tieteenses e de cidades vizinhas, os frutos de tamanho esforço e determinação foram colhidos no ano de 1904, com a finalização das obras.
A construção seguiu ao todo 24 anos, entre paralisações e retomadas, sendo em 27 de maio de 1904 realizada por ordem do Bispo de São Paulo, o Cônego geral Antônio Pereira Reimão concedeu a provisão para a benção da nova Matriz, sendo que a partir 16 de abril 1905 as missas passariam a ser realizadas na nova matriz, hoje frente a praça Dr. Elias Garcia.