CRITICA OSCAR – Duna 2 (Dune Part II)

“Duna 2”, dirigido por Denis Villeneuve, continua a épica adaptação da obra clássica de ficção científica de Frank Herbert, e mantém a alta qualidade técnica que tornou o primeiro filme um marco. Enquanto “Duna 1” estabeleceu o universo de Arrakis e seus intrincados jogos de poder, “Duna 2” aprofunda os conflitos e as personagens, elevando a narrativa a novos patamares.

Em Duna: Parte 2, Paul Atreides (Timothée Chalamet) se une a Chani (Zendaya) e aos Fremen enquanto busca vingança contra os conspiradores que destruíram sua família. Uma jornada espiritual, mística e marcial se inicia e  como um estudo de personagem, Duna: Parte Dois se aproxima mais da ascensão do messiano, do jovem Paul Atreides vê uma Guerra Santa em seu nome, espalhando-se por todo o universo conhecido e o jovem assumindo seu papel como o Predestinado, o líder religioso dessa Guerra Santa.

Assim como em “Duna  Parte 1”, a cinematografia da sequência é impressionante. Greig Fraser, o diretor de fotografia, retorna para criar visuais deslumbrantes que capturam a vastidão e a brutalidade do deserto de Arrakis. O uso de cores quentes e paisagens amplas transmite a hostilidade do ambiente e a grandiosidade da narrativa. As cenas de ação são meticulosamente coreografadas e filmadas, garantindo que cada momento seja visualmente impactante.

Os efeitos visuais em “Duna 2” superam os do primeiro filme, com criaturas como os vermes da areia sendo ainda mais realistas e imponentes.

Denis Villeneuve prova mais uma vez seu talento em lidar com narrativas complexas. Ele equilibra cenas de ação com momentos mais introspectivos, permitindo que os personagens se desenvolvam de maneira orgânica. A atenção aos detalhes e a fidelidade ao material original são evidentes, e Villeneuve consegue expandir o universo de “Duna” sem perder a essência da história de Herbert.

O primeiro filme teve a difícil tarefa de introduzir um universo vasto e complexo, o que resultou em um ritmo mais lento e expositivo. A sequência, por outro lado, aproveita a fundação estabelecida para mergulhar diretamente na ação e no desenvolvimento das tramas. A narrativa é mais dinâmica e envolvente, com um foco maior nos conflitos e nas motivações dos personagens.

Enquanto “Duna 1” se concentrou em apresentar Paul Atreides e estabelecer as bases de sua jornada, o segundo filme expande o desenvolvimento de personagens secundários. As performances dos atores são mais robustas, com mais tempo de tela dedicado às suas histórias e relações.

A principal diferença entre os dois filmes está no ritmo, o primeiro foi criticado por ser lento e expositivo, mas isso foi necessário para construir o universo complexo, já o segundo tem um ritmo mais acelerado, com mais cenas de ação e momentos de tensão, tornando-o mais acessível e emocionante para o público.

O longa não apenas continua a história iniciada em “Duna Parte 1”, mas também a eleva a um novo nível de excelência cinematográfica. Com visuais deslumbrantes, uma trilha sonora poderosa e uma direção magistral, Denis Villeneuve entrega uma sequência que solidifica “Duna” como uma das adaptações de ficção científica mais impressionantes dos últimos tempos. Comparado ao primeiro filme, “Duna Parte 2” é mais dinâmico e envolvente, aproveitando a base sólida para explorar e expandir o universo de Arrakis de maneira cativante.

★★★★